Oncologia,

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                  Oculoplástica

Melanoma da coroideia

 

Oncologia

Tumores intra-oculares

Tumores Malignos:  Melanoma da úvea 

Os melanomas intra-oculares (ou da úvea) podem ocorrer na coroideia, corpo ciliar e íris. (ver anatomia)

 

Melanoma da coroideia

 

É o tumor intra-ocular primário mais frequente nos adultos. Tem origem nos melanocitos.

Pode evoluir de um nevo, ou surgir de novo, sem lesão pré-existente.

 

São de causa desconhecida, mas como os melanomas da pele, surgem com maior frequência nas pessoas de pele e olhos claros, com tendência para as queimaduras solares.

Muitas vezes cresce sem dar sintomas e tem risco de metastisação para o fígado, pulmão e pele.

 

O diagnóstico é feito por fundoscopia e por outros exames, como a Ecografia, a Angiografia, a Tomografia Computorizada, e a Ressonância Magnética. Em casos de difícil diagnóstico, pode ser necessário uma biópsia realizada com agulha fina.

 

O tratamento deste tipo de tumores deve ser o mais precoce possível, pois os melanomas da úvea resistem mais ao tratamento que os melanomas da pele.

Podem ser usados vários tipos de tratamento, como a radioterapia, Laserterapia, e crioterapia. A TermoTerapia Transpupilar (TTT) pode ser muito útil nos pequenos melanomas do polo posterior do olho. Em geral, para tumores de tamanho médio, está indicada a braquiterapia com placa. Quando os tumores são de grandes dimensões, pode ser necessário recorrer à enucleação. Nestes casos, é colocada uma prótese que mantém a motilidade do globo enucleado.

Se não são tratados, os melanomas intra-oculares podem:

    - provocar um descolamento da retina, com diminuição da visão, relâmpagos de luzes, e defeito do campo visual.

    - perfurar a retina e provocar uma hemorragia para o vítreo, com visão de moscas volantes e turvação da visão.

    - crescer através da esclerótica e invadir os tecidos peri-oculares.

 

   Melanoma pigmentado da coroideia.

   Melanoma amelanótico (não pigmentado) da coroideia.
 

 

 

 

 

 

 

Melanoma do corpo ciliar

 

Os melanomas do corpo ciliar podem:

    - empurrar e distorcer o cristalino, induzir catarata e afectar a visão.

    - invadir a íris e tornar-se visível a olho nú.

    - invadir e danificar o sistema de drenagem do humor aquoso e provocar um aumento da pressão intra-ocular e provocar uma baixa da visão (glaucoma secundário).

    - crescer através da esclerótica e invadir os tecidos peri-oculares.

 
   Melanoma do corpo ciliar com extensão extra-escleral, com vaso sentinela.
 

Melanoma da íris

    Melanoma da íris.

   Melanoma da íris de um homem de 27 anos.

Tratamento dos tumores intra-oculares

Videos

 

ATENÇÃO: Os videos apresentados são feitos para oftalmologistas.

Podem conter imagens chocantes para o público em geral.

 

Lesões pigmentadas da íris: o que fazer

            João Cabral, Mara Ferreira, Bernardo Feijóo, Isabel Prieto, F. Esperancinha

Resumo:

Introdução: Quando nos deparamos com uma lesão pigmentada da íris, a principal atitude a tomar é fazer o diagnóstico diferencial entre lesão benigna e lesão maligna, pois a nossa actuação vai ser muito diferente.

Objectivos: Este vídeo pretende ilustrar diferentes lesões pigmentadas da íris, os meios empregues para o seu diagnóstico diferencial, bem como o resultado de alguns procedimentos cirúrgicos.

Material e métodos: Vários doentes com lesões pigmentadas da íris, desde as simples efélides, os múltiplos nevos, até vários melanomas da íris, bem como outras lesões pigmentadas que simulam o melanoma da íris.

Resultados e conclusões: Apesar da grande maioria das lesões pigmentadas da íris serem benignas, temos de as vigiar com regularidade, pois podem transformar-se em malignas. Sempre que se tratam de lesões mais suspeitas a vigilância deve ser mais apertada, e quando parece não haver dúvida de se tratar de uma lesão maligna, deve proceder-se ao tratamento o mais cedo possível.

   Apresentado:

   ► no XLVII Congresso Português de Oftalmologia,

        em Viseu, Dezembro de 2004,

        onde foi vencedor do Prémio SPO – Melhor vídeo.

   ► no XLVIII Congresso Português de Oftalmologia,

        em Cascais, Dezembro de 2005,

   ► no Congresso Mundial de Oftalmologia,

        em S. Paulo, Janeiro de 2006.

 

Lesões pigmentadas da íris: uma maneira de operar

João Cabral,  Isabel Prieto,  Filomena Ribeiro,  Mara Ferreira, Bernardo Feijóo, F. Esperancinha

Resumo:

Introdução: Até provar o contrário, uma lesão pigmentada da íris é sempre suspeita. Daí que tenhamos que ter atitudes talvez mais agressivas, para proceder ao seu diagnóstico definitivo e tratamento, se necessário.

Objectivos: Ilustrar a remoção de uma lesão pigmentada da íris, através de iridectomia sectorial.

Material e métodos: Homem de 39 anos de idade com lesão pigmentada no quadrante inferior da íris OD, desde há longa data, mas que refere crescimento recente, e em que foi proposta a remoção cirúrgica através de iridectomia sectorial seguida de iridoplastia, tudo realizado por pequena incisão.

Resultados e conclusões: Nem sempre o que parece é: corremos sempre o risco de ser agressivos de mais para as lesões benignas, ou deixar avançar lesões malignas pensando que não o são. Neste caso optámos pela primeira atitude, e obtivemos bons resultados estéticos e funcionais.

   Apresentado:

   ► no XLVII Congresso Português de Oftalmologia,

       em Viseu, Dezembro de 2004.

   ► no XLVIII Congresso Português de Oftalmologia,

       em Cascais, Dezembro de 2005.

   ► no Congresso Mundial de Oftalmologia,

       em S. Paulo, Janeiro de 2006.

Trabalhos publicados

Nevus atípico ou melanoma da íris?

S Alves, S Pina, R Azevedo, M Bernardo, J Cabral, I Prieto

    Publicado na Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia,     Artigo em PDF

    Vol. 35, n.º 3, pág 283-286, Julho-Setembro de 2011

¤ Links úteis sobre melanoma em: http://www.urlfo.com/phrase/choroidal-melanoma

 

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