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Nevo da íris

 

Oncologia

 

Tumores intra-oculares

 

Nevo da íris

 

     O nevo é um tumor benigno originado nos melanocitos. Ao contrário das efélides ou sardas, os nevos apagam a arquitectura normal da superfície da íris. Podem ter forma, pigmentação e tamanho variável. Podem ser pequenos e circunscritos ou extensos e mal delimitados, planos ou elevados. Por vezes com pequenos nevos adjacentes. Podem ser totalmente descorados (amelanóticos) ou fortemente pigmentados (como os melanocitomas). Mais de 80% dos casos, são localizados na metade inferior da íris. Os nevos da íris estão frequentemente associados a quistos do epitélio pigmentar imediatamente subjacente.

     Por vezes, pode tratar-se de um nevo sectorial, atingindo toda a íris (da raiz até ao bordo) de um determinado sector. Esta lesão é provavelmente congénita, e pode ser considerada como uma forma localizada de melanocitose ocular.

     Apesar de lesões benignas, alguns (poucos) nevos da íris podem degenerar em melanomas. Por isso, enquanto não é conhecida a sua evolução, devem ser observados e fotografados regularmente. A Ecografia de alta resolução (UBM) pode ser útil nas medições, especialmente na sua espessura, bem como avaliar o estados dos tecidos subjacentes (detectar a existência ou não de um quisto, que pode, com o seu crescimento, dar ideia de crescimento do nevo) e do corpo ciliar. Se é detectado crescimento (à observação, registo fotográfico e ecográfico), deve-se propor tratamento adequado. Os nevos da íris são normalmente menores que os melanomas malignos, e não maiores do que 3mm de diâmetro.

 

     Éfélides ou sardas da íris são alterações pigmentadas da superfície da íris que não apagam a arquitectura do estroma da íris, como acontece com os nevos.

 

 

     Pequeno nevo na periferia da íris.

 

     Pequeno nevo na raiz da íris, com pequeno contacto com o endotélio da córnea observado na ecografia de alta resolução (UBM).

 

 

     Pequeno nevo na raiz da íris.

 

 

     Nevo de médias dimensões, na porção inferior da íris.      

 

 

 

     Pequeno nevo na raiz da porção inferior da íris, também observado à gonioscopia.

 

      Pequeno nevo na raiz da íris, sem contacto com o endotélio da córnea observado na ecografia de alta resolução (UBM).

 

     Pequeno nevo na raiz da íris, também observado à gonioscopia.

 

 

   Nevo de tamanho médio na raiz da íris, sem contacto com o endotélio da córnea observado na ecografia de alta resolução (UBM).

 

   Nevo de tamanho médio na raiz da íris, sem contacto com o endotélio da córnea observado na ecografia de alta resolução (UBM).

 

 

   Nevo em sector, desde a raiz da íris até ao bordo pupilar, que não altera. Esta lesão é provavelmente congénita, e pode ser considerada como uma forma localizada de melanocitose ocular.

 

   Nevo em sector, desde a raiz da íris até ao bordo pupilar, que não altera. Esta lesão é provavelmente congénita, e pode ser considerada como uma forma localizada de melanocitose ocular.

 

   Nevo de grandes dimensões, da periferia ao bordo pupilar, que deforma um pouco (corectopia), e de espessura considerável, como se pode observar de lado.

 

    Nevo de grandes dimensões, na periferia da íris, de espessura média à ecografia de alta resolução (UBM).

 

    Nevo de grandes dimensões, na porção média da íris até ao bordo pupilar, de superfície suspeita. Por isso foi feita a sua remoção e reconstrução da íris (iridoplastia e pupiloplastia).

 

 

    Nevo de médias dimensões, na porção média da íris, em olho claro.

 

    Nevo de médias dimensões, na porção média da íris, em olho claro.

 

    Nevo de grandes dimensões, na porção inferior da íris.

 

    Nevo de grandes dimensões, na porção inferior da íris.

 

    Nevo de pequenas dimensões na porção inferior da íris do olho direito, e de grandes dimensões, no sector nasal da íris do olho esquerdo, num homem de olhos claros.

 

 

    Nevo de grandes dimensões, na porção superior da íris.

 

    Nevo de grandes dimensões, na porção inferior da íris, de superfície suspeita. Por ter tido comportamento agressivo, com desvio da pupila, foi feita a sua remoção e reconstrução da íris (iridoplastia e pupiloplastia). (ver mais)

 

 

Tratamento dos tumores intra-oculares

 

Trabalhos publicados

Nevus atípico ou melanoma da íris?

S Alves, S Pina, R Azevedo, M Bernardo, J Cabral, I Prieto

    Publicado na Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia,     Artigo em PDF

    Vol. 35, n.º 3, pág 283-286, Julho-Setembro de 2011

 

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